Aqui tudo certinho. Depois de uma semana com o maridão doente, e o medo de ser a nova gripe, no final estamos todos bem.
Sabem, percebi que meu blog anda fugindo, e muito, do seu caminho. A intenção era falar de artesanato, tricô e crochê principalmente, mas as agulhas estão abandonadas em um canto, por enquanto. O que acontece é que ando me dedicando a outra paixão: a leitura. Na verdade esta é minha maior paixão. Amo ler, mas às vezes a correria do dia a dia, a casa, os filhos, o tricô/crochê, acabam fazendo com que eu deixe a leitura de lado. Em outros casos fico sem ler por falta de histórias novas, livros novos. Não que eu me importe de ler livros já lidos, na verdade tenho mania de ler o mesmo livro mais de uma, duas vezes. Outra mania é a de querer ter o livro, coisa de gente possessiva. Então este mês o rico dinheirinho do marido foi usado em prol da literatura, e nenhum novelo de lã foi comprado. Milagre!
Mudando de assunto, ontem assistimos ao filme Os Delírios de Consumo de Becky Bloom. Uma comédia light, água com açúcar a primeira vista, mas que discute dois problemas : o consumismo exagerado e a compulsividade em mentir.
Comprar é bom demais, pelo menos para grande parte das pessoas. O problema é quando comprar vicia como uma droga. Eu também amo gastar, adoro "ter", mas já fui bem pior. Uma frase da mocinha do filme define bem este padrão de comportamento: "Eu compro. Porque quando faço compras, o mundo fica melhor. O mundo é melhor. Depois não é mais. E preciso comprar de novo." Vivemos em um mundo assim, onde ter é melhor do que ser, infelizmente.
Mas o que eu queria mesmo falar era de outro defeito de Becky Bloom, a mentira. Quantos de vocês não conhecem pessoas que mentem por compulsão? Pessoas que, logo que começam a falar, percebemos claramente que estão mentindo, ou exagerando. Alguns mentem tanto, que acreditam em suas próprias mentiras, e chegam a um estágio que vivem em uma farsa.
Conheço algumas pessoas assim. É triste. Acho que às vezes elas nem percebem que estão mentindo, já faz parte delas ser assim. Cresci ouvindo minha mãe dizer que mentira tem pernas curtas, mas acho que isso não é a pior parte. Sempre falo para o meu filho que pior que a mentira é a impressão que ela deixa em cima do mentiroso. É como uma marca negra. Como na fábula do
Menino e o Lobo. Depois que descobrimos a mentira de alguém, acabamos duvidando sempre desta pessoa.
Não posso afirmar que nunca menti, e acredito que ninguém possa. Já viram o filme O Mentiroso, com Jim Carrey? Às vezes, somente dizer a verdade, é pior do que mentir. Não estou justificando o ato de mentir, mas acredito que há um limite entre a mentira "social" e a exagerada. Viver sempre inventando histórias, acrescentando fatos, enganando os outros, e se contradizendo, não deve ser fácil. O duro para o mentiroso deve ser, ver nos olhos do outro, seu próprio reflexo, e saber que está mentindo também para si mesmo.
Beijos a todas e até mais...
Você é "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" de Jean Pierre Jeunet. Você é engraçado(a), original. Uma pessoa leve e maravilhosa de se conviver.
Faça você também Que
bom filme é você? Uma criação de
O
Mundo Insano da Abyssinia
